A formação de uma pessoa,
é algo extremamente importante, para as atividades que ela irá realizar em seu
futuro. E com um jogador de futebol não é diferente, por isso, os clubes tem
investido cada vez mais nas divisões de base ( apesar de ainda ser pouco ).
Investimentos direcionados
aos estudos de atletas, como é o caso do colégio Vasco da Gama, ou da grande
estrutura que o Fluminense oferece em Xerém, são exemplos da necessidade de
revelar jogadores, e assim, evitar gastos maiores com contratações futuras.
Mas mesmo depois de passar
anos defendendo um clube que investiu no seu futuro, alguns jogadores se sentem
no direito de "abandonar" o clube, sem carinho ou gratidão por quem
tanto fez pelo atleta.
Foi isso que aconteceu no
"Caso Oscar", o jogador, formado no São Paulo assinou um contrato com
o clube aos 16 anos e depois se sentiu lesado, entrou na justiça e ganhou a
causa ficando livre para assinar com o Internacional. Semana passada o tricolor
paulista ganhou a "anulação da anulação" do contrato que ele havia
assinado, e o jogador terá que se apresentar em São Paulo.
Sem dúvida ele não atuará
mais pelo time do Morumbi, mas pelo menos o São Paulo volta a ter o direito
sobre um jogador que tanto acreditou e investiu.
Caso parecido aconteceu
com Muralha, hoje jogador do Flamengo, que chegou ao Vasco aos 6 anos, e
em 2010, quando poderia assina um contrato profissional acertou com o maior
rival, ano passado Yago também seguiu os passos de Muralha e deixou o Vasco a
caminho da Gávea.
Os empresários são
grandes culpados nesses casos, normalmente os jogadores e sua família com pouca
experiência em situações envolvendo tanto dinheiro, não sabem como agir, e os
empresários se aproveitam dessas fragilidades para ganharem dinheiro. A Lei
Pelé, que neste caso busca proteger os jovens atletas, deixam os clubes
vulneráveis, sem poder agir.
O gerente das categorias
de base do Vasco falou sobre o assunto envolvendo o Muralha e criticou a
atuação dos empresários. “Você pega um menino muito novo, com 8 ou 9 anos,
investe na educação, na formação esportiva dele, e quando ele chega aos 16 anos,
aparece alguém e se refere a ele como “o meu jogador”. Criticou ainda a atitude
do jogador. “ Esse atleta quis sair por conta própria, ele visualizou muito
mais o dinheiro do que a formação. No nosso entendimento, a formação, no início,
é muito mais importante que o dinheiro que ele possa ganhar com 16 anos;
É preciso que se busque
formas de proteger os clubes formadores, para que voltemos a revelar muitos
grandes jogadores. Sem dúvidas, essa falta de proteção, é um fator que intimida
os clubes a investir nas divisões de base, sem a certeza de retorno.