segunda-feira, 26 de março de 2012

Os investimentos e a proteção aos clubes formadores.


A formação de uma pessoa, é algo extremamente importante, para as atividades que ela irá realizar em seu futuro. E com um jogador de futebol não é diferente, por isso, os clubes tem investido cada vez mais nas divisões de base ( apesar de ainda ser pouco ).

Investimentos direcionados aos estudos de atletas, como é o caso do colégio Vasco da Gama, ou da grande estrutura que o Fluminense oferece em Xerém, são exemplos da necessidade de revelar jogadores, e assim, evitar gastos maiores com contratações futuras.

Mas mesmo depois de passar anos defendendo um clube que investiu no seu futuro, alguns jogadores se sentem no direito de "abandonar" o clube, sem carinho ou gratidão por quem tanto fez pelo atleta.

Foi isso que aconteceu no "Caso Oscar", o jogador, formado no São Paulo assinou um contrato com o clube aos 16 anos e depois se sentiu lesado, entrou na justiça e ganhou a causa ficando livre para assinar com o Internacional. Semana passada o tricolor paulista ganhou a "anulação da anulação" do contrato que ele havia assinado, e o jogador terá que se apresentar em São Paulo. 

Sem dúvida ele não atuará mais pelo time do Morumbi, mas pelo menos o São Paulo volta a ter o direito sobre um jogador que tanto acreditou e investiu.

Caso parecido aconteceu com Muralha, hoje jogador do Flamengo, que chegou ao Vasco aos 6 anos, e em 2010, quando poderia assina um contrato profissional acertou com o maior rival, ano passado Yago também seguiu os passos de Muralha e deixou o Vasco a caminho da Gávea.

Os empresários são grandes culpados nesses casos, normalmente os jogadores e sua família com pouca experiência em situações envolvendo tanto dinheiro, não sabem como agir, e os empresários se aproveitam dessas fragilidades para ganharem dinheiro. A Lei Pelé, que neste caso busca proteger os jovens atletas, deixam os clubes vulneráveis, sem poder agir.

O gerente das categorias de base do Vasco falou sobre o assunto envolvendo o Muralha e criticou a atuação dos empresários. “Você pega um menino muito novo, com 8 ou 9 anos, investe na educação, na formação esportiva dele, e quando ele chega aos 16 anos, aparece alguém e se refere a ele como “o meu jogador”. Criticou ainda a atitude do jogador. “ Esse atleta quis sair por conta própria, ele visualizou muito mais o dinheiro do que a formação. No nosso entendimento, a formação, no início, é muito mais importante que o dinheiro que ele possa ganhar com 16 anos;
É preciso que se busque formas de proteger os clubes formadores, para que voltemos a revelar muitos grandes jogadores. Sem dúvidas, essa falta de proteção, é um fator que intimida os clubes a investir nas divisões de base, sem a certeza de retorno.

Um comentário:

  1. É preciso haver alguma lei que proteja os clubes!
    É um absurdo o que vem acontecendo!

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